sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Autor do novo livro da série 'Millennium' garante ter sido fiel ao estilo de Stieg Larsson

O quarto livro da série "Millenium", que deu origem a uma bem sucedida franquia cinematográfica estrelada por Rooney Mara e Daniel Craig, será lançado em agosto em 35 países, com previsão de chegar ao Brasil em outubro, pela Companhia das Letras. Como o autor das obras anteriores, o jornalista e ativista político sueco Stieg Larsson, morreu em 2004, outro escritor assumiu a missão de terminar a obra.

Anunciado no fim de 2013, "That which does not kill" (ainda sem título em português) foi concluído por David Lagercrantz em novembro passado. Coautor da biografia do jogador de futebol Zlatan Ibrahimovic, Lagercrantz assumiu a série de livros que conta com "Os homens que não amavam as mulheres", "A menina que brincava com fogo" e "A rainha do castelo de ar". Coube a ele a tarefa de continuar a saga da hacker Lisbeth Salander e do jornalista Mikael Blomqvist.

O novo autor mantém segredo sobre o significado do título ("aquilo que não mata", em tradução livre) e os rumos do thriller, que tem 500 páginas no original, em sueco. "O que eu queria era fazer uso da vasta mitologia que Stieg Larsson deixou para trás, o mundo que ele criou", disse Lagercrantz ao jornal sueco "Dagens Nyheter", garantindo ter se mantido fiel ao estilo de Larsson, que misturava crítica social e questões políticas com intrigas criminais.

"Lisbeth Salander não é qualquer super-heroína. Ela não é grande apenas por causa de seus talentos, mas também pelo contexto em que está inserida e seu plano de fundo". Quando morreu, vítima de um infarto aos 50 anos em 2004, Larsson tinha planos de escrever pelo menos mais sete livros.

Seus editores na Nordstedts compararam o lançamento, no dia 27 de agosto na maioria dos países, ao frenesi provocado pelo "O código Da Vinci", de Dan Brown, em 2003. Os três primeiros livros da série "Millennium" venderam mais de 80 milhões de cópias no mundo todo desde o início de sua publicação, em 2005.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Maitê Proença lança romance “Todo Vícios”


Logo depois de girar o país com a peça À Beira do Abismo e pouco antes de voltar à televisão, Maitê Proença fez uma pausa na carreira de atriz para levar adiante sua faceta de escritora. Enquanto o público aguarda a entrada da artista na novela Alto Astral no próximo mês, quando interpretará uma ex-miss à procura de um marido endinheirado, o novo livro de Maitê, Todo Vícios(Record, 232 páginas, R$ 30), já ganhou as livrarias.


Stella, a protagonista da narrativa, é uma independente e bem-sucedida atriz e escultora que, na casa dos 40 anos, já se julga indiferente ao amor. A indiferença, no entanto, revela-se frágil, e ela logo se envolve com um publicitário cinquentão. Ora afetuoso, ora frio e distante, o homem enigmático a atrai, apesar dos alertas de uma amiga de que ele parece "doido de rasgar dinheiro".


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Romance 'Stoner', de John Williams, chega ao Brasil


De repente, é como se membros de uma sociedade secreta começassem a vir a público. Ou como se “Stoner”, romance do americano John Williams (1922-1994) lançado agora no Brasil pela pequena editora Rádio Londres, tivesse sido amado em segredo — e só agora esse amor fosse revelado, levando-o às listas de best-seller de vários países europeus.

O último juiz de qualquer obra literária, o tempo, foi bondoso com o romance. Escrito em 1965, “Stoner” vendeu 2 mil cópias, recebeu uma resenha curta na revista “The New Yorker” — e desapareceu. Nem o fato de seu autor ganhar o National Book Awards em 1972, por “Augustus”, salvou sua obra do esquecimento. O obituário de Williams o qualificava apenas como “editor e professor de inglês”.

O sucesso mundial começou aos poucos, com um artigo do autor irlandês Colum McCann no jornal “The Guardian”, em 2006. A best-seller francesa Anna Gavalda se interessou e pediu para traduzir o livro, que saiu na França em 2011. O aval da escritora fez outros países se interessarem. A edição britânica, fora de catálogo desde 2003, ganhou uma reimpressão. E aí surgiram nomes de peso para elogiar a obra: Ian McEwan, Julian Barnes, Enrique Vila-Matas e até o ator Tom Hanks. Foi um fenômeno na Europa em 2013.

Fonte: O Globo (reportagem completa aqui)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Autora de ‘Jogos Vorazes’ lança autobiografia ilustrada


O nome de Suzanne Collins já é bem conhecido por se tratar da autora de uma das mais populares séries de livros e filmes dos últimos anos:
 Jogos Vorazes. Agora, a escritora lança um trabalho em novo formato: sua biografia ilustrada.

O livro Um Ano na Selva (Jovens Leitores, da Rocco) chega ao Brasil em fevereiro e traz a história de vida de Suzanne com ilustrações de James Proimos (desenhista, roteirista de desenhos da Nickelodeon, entre outros).

Filha de militar (seu pai foi convocado para a Guerra do Vietnã quando ela tinha apenas 6 anos), Suzanne aprendeu a questionar a necessidade de determinados conflitos, a refletir sobre seus efeitos, e entendeu o quanto uma guerra pode determinar o destino de uma família.

Além de conhecer a autora mais de perto, Um Ano na Selva permite ao leitor entender as referências que ela teve como base na hora de criar trilogia Jogos Vorazes.

Fonte: Saraiva


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mario de Andrade será homenageado da Flip 2015


Um dos principais nomes do Modernismo do Brasil, o poeta, escritor e crítico literário Mário de Andrade será homenageado da Flip 2015, a Festa Literária Internacional de Paraty.

Mário foi um dos pioneiros da poesia moderna no Brasil. O autor de 'Paulicéia desvairada', livro considerado marco do modernismo brasileiro, formava o "Grupo dos Cinco", ao lado de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Menotti del Picchia e Oswald de Andrade. O grupo foi responsável por organizar a Semana de Arte Moderna de 1922.

A Flip é considerada a maior festa literária do país e  acontece entre os dias 1° e 5 de julho.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Companhia das Letras publicará selo em Portugal


A partir de fevereiro, o Grupo Companhia das Letras publicará em Portugal um selo com o mesmo nome. Em conjunto com a Portugal Penguin Random House, a editora brasileira lançará autores, clássicos e contemporâneos, brasileiros e de língua portuguesa de outras nacionalidades. O primeiro livro a ser publicado no mercado português é o romance O irmão alemão, o mais recente de Chico Buarque. Lançado no Brasil em novembro de 2014, o livro já teve 100 mil cópias impressas.

Para 2015 estão garantidos, além de Chico Buarque, os clássicos Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade, e nomes como Fernanda Torres, Sérgio Rodrigues e Raphael Montes. No Brasil, a Companhia das Letras passa a intensificar a publicação de autores portugueses. Já neste ano, será publicado o romance “A Biografia involuntária dos amantes”, de João Tordo, autor vencedor do Prêmio José Saramago.


Em Portugal, Companhia das Letras será o selo dedicado à publicação de autores de língua portuguesa de todas as nacionalidades, com 12 títulos planejados já para o primeiro ano.

Fonte: O Globo

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Editora divulga lista dos selecionados para coletânea “Big Buka para Charles Bukowski”


A Editora Os Dez Melhores divulgou hoje a lista com os nomes dos autores selecionados para a coletânea “BigBuka para Charles Bukowski”. O projeto, que traz 10 textos (você e mais 9) de autores contemporâneos, é uma homenagem ao “Velho Safado”.

Os contos abordam temas como: alcoolismo, paixão, prostituição, melancolia e problemas do cotidiano, sempre presentes nas obras do escritor. Bukowski teve como principais influências Fiódor Dostoiévski, pelo pessimismo, e Ernest Hemingway, pelas frases curtas e jeito simples de escrever.



De acordo com a Editora Os Dez Melhores, o livro tem previsão de lançamento para meados deste ano de 2015.

Confira abaixo a lista (em ordem alfabética) com os nomes dos dez autores selecionados. Como sugere o nome da editora, é você e mais nove.

Afobório
Clayton Reis
Fabio Mourão
Heliton Queiroz
Jeremias Soares
Marina de Campos
Max Moreno
Rafael Simeão
Willian Couto
Wuldson Marcelo

Novo selo da Rocco lança série de romance erótico


Histórias que misturam romance, erotismo e sensualidade caíram no gosto das leitoras brasileiras. Agora, os fãs do gênero têm uma nova autora e série para conhecer: trata-se da escritora Laurelin Paige e sua coleção Fixed.

O primeiro volume da trilogia, Por Você, foi lançado este mês por aqui pelo selo Fábrica231, da Rocco. O livro foi o maior sucesso de autopublicação do mercado norte-americano e primeiro título independente a chegar ao topo da lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, na categoria e-book.

A história é protagonizada por Alayna Withers, uma atendente de boate, e Hudson Pierce, um homem lindo e sexy, que aparece numa noite na boate. Empresário bem-sucedido e habilidoso nos negócios, Hudson está prestes a se tornar o mais novo proprietário do local. Sem rodeios, ele oferece um inusitado trabalho extra a Alayna, que aceita a proposta.

O segundo volume da série, Com Você, já está em pré-venda. A previsão de lançamento é para 17 de fevereiro.

Fonte: Saraiva (Andréia Martins)


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Governo da Inglaterra sugere que livrarias pareçam com cafeterias

Um espaço com cultura, tecnologia e café pode despertar interesse de mais pessoas. É o que indica relatório do Departamento de Cultura, Mídia e Esportes inglês


Unir livros e um bom capuccino é uma ideia bastante atrativa, que pode despertar cada vez mais o prazer pela leitura. Esta é também a proposta defendida pelo Departamento de Cultura, Mídia e Esportes do governo da Inglaterra, que publicou, recentemente, relatório com a seguinte indicação: “As bibliotecas locais deveriam se parecer mais com cafeterias”. Isso faria com que muitas pessoas desenvolvessem o gosto por frequentar esses espaços com tecnologia, café e cultura. 

Atualmente, em todo o mundo, as cafeterias tornaram-se pontos de encontro de pessoas das mais variadas idades, mas também é muito comum ver nesses ambientes reuniões de trabalho e até mesmo pessoas sozinhas que chegam para ler um pouco, acessar o wi-fi e, claro, degustar alguma delícia do cardápio. Ou seja, um lugar que oferece vários atrativos.
 
Em Salvador, existem dois exemplos que atestam que o projeto pode dar muito certo: um é a livraria Saraiva e outro, a Cultura. Ambas oferecem um espaço de cafeteria muito procurado por pessoas que não abrem mão da companhia de um bom livro, do acesso à internet com wi-fi gratuito, um papo com os amigos e um café quentinho. 

O relatório britânico mostra, ainda, que embora hoje, em plena era de gadgets, smartphones e tablets, as livrarias não são locais obsoletos, mas podem ganhar mais dinamismo. “Bibliotecas são mais do que livros, CDs e DVDs. Elas se tornaram um portal para uma vasta gama de materiais para educação, entretenimento e autoaperfeiçoamento”, revela o texto. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Escritora britânica Ruth Rendell sofre grave AVC


A escritora de romances policiais britânica Ruth Rendell, de 84 anos, autora de mais de 60 livros em cinco décadas na literatura, se encontrava em estado grave nesta quinta-feira depois de sofrer um acidente vascular-cerebral, informou a editora Hutchinson-Penguin Random House.

A escritora, que tem uma cadeira na Câmara dos Lordes do lado trabalhista, é conhecida por uma série de romances protagonizados pelo inspetor Wexford.

(Com agência France-Presse)


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A Outra Sombra – Promoção relâmpago no CA

Até o dia 18 de janeiro você poderá adquirir o livro A Outra Sombra com 25% de desconto no site Clube de Autores. Promoção de Verão! Vale à pena conferir! :D


SINOPSE

E se você descobrisse que a morte é só um detalhe?!... Vinicius é um rapaz ingênuo, incapaz de perceber que o mal pode estar onde menos se espera. Mas um grave acidente de automóvel vai deixá-lo diante de um terrível mistério, algo capaz de arrastá-lo para um mundo sombrio e surpreendente. Agora o rapaz se vê diante de uma assustadora sequência de eventos, onde nem tudo é o que parece.

Repleto de intrigas e emoções, A outra sombra é um romance inquietante, que nos conduz a um caminho sem volta. Segredos, ressentimentos e desejo de vingança se confrontam numa surpreendente busca por respostas, onde qualquer um pode ser o próximo. Descubra o lado oculto de cada verdade.

Categorias: Literatura Nacional
Palavras-chave: -, ficção, romance, suspense


Mãe escreve livro para combater preconceito sofrido pelo filho


Após receber ajuda do filho mais velho, Cheryl Kilodavis aprendeu a lidar com a escolha do pequeno Dyson, de 5 anos, que gosta de vestir roupas cor-de-rosa e vestidos de menina. O resultado desta história de vida é o livro 'My Princess Boy' (O meu menino princesa), que chega à sua segunda edição.

Desde os 2 anos, a criança já demonstrava sua preferência por roupas femininas e, certa vez, ao buscá-lo na escola a mãe o encontrou de vestido e salto alto. O episódio a levou a procurar psicólogos, mas foi o conselho dado pelo filho mais velho, Dkobe, que mudou sua opinião e a tranquilizou. O garoto sugeriu aos pais que apenas deixassem o irmão ser feliz.  

Para combater o preconceito ainda sofrido pelo filho por usar saias de bailarinas e peças cor-de-rosa, a mãe então decidiu publicar o livro. Na publicação, Cheryl aborda algumas situações vividas pela família e também passa a mensagem às crianças para que aprendam a conviver e respeitar as diversidades. 


Fonte: iBahia

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

100 Filmes - Da Literatura Para o Cinema



Um clichê crítico reza que não se pode comparar o filme ao livro no qual se inspira. 100 Filmes - Da Literatura para o Cinema (Editora Best Seller), de Henri Mitterand (organização), vai contra o dogma. Toma uma centena de filmes famosos (uns mais que outros, é verdade) e reflete sobre eles na relação aos romances dos quais foram tirados. Trata-se de trabalho intelectual interessantíssimo e que principia por uma “apresentação” do próprio Mitterand, um texto com valor de ensaio e pensamento crítico. A França - e o livro é francês - alimenta uma antiga meditação a respeito. Basta lembrar que o influente crítico André Bazin escreveu um artigo chamado Por Um Cinema Impuro, defendendo as adaptações literárias. Já seu discípulo, François Truffaut, escreveu um texto de grande repercussão, e virulência, contra as adaptações literárias chamado Uma Certa Tendência do Cinema Francês.

Polêmicas à parte, o interesse maior do livro está nas análises dos filmes escolhidos e suas relações com as obras literárias de que descendem. Os verbetes seguem sempre o mesmo formato. Título, uma sinopse, ficha técnica, as outras versões (se for o caso) e, no corpo do texto, uma análise em geral bastante acurada. Por fim, um pequeno box com “pistas pedagógicas” e uma bibliografia. Este penúltimo item indica que o livro aspira ao debate em escolas secundárias, talvez universidades e escolas de cinema. O autor é designado pelas iniciais.

Por exemplo, no verbete sobre O Idiota, de Akira Kurosawa, o leitor é, em primeiro lugar, informado de que o romance de Dostoievski foi publicado em folhetim entre 1868 e 1869 na revista O Mensageiro Russo, sendo depois editado em dois volumes, em 1874. O texto comenta a decisão de transpor a ação, do século 19, como no romance, para a fase imediatamente posterior à 2.ª Guerra.

Kurosawa argumenta que não havia equivalente no Japão da São Petersburgo do século 19, mas também lhe era útil deslocar a ação para o traumático pós-guerra no Japão. O texto lembra que alguns episódios do personagem (o príncipe Michkin, no romance, Kameda, no filme), como o fuzilamento simulado e a epilepsia, remetem à própria biografia do escritor russo. Por fim, as pistas pedagógicas trazem o foco de discussão possível para temas como o triângulo amoroso, a representação da santidade na tela, a imagem da mulher fatal, os traumas de guerra e a neve como elemento de dramaturgia. Cita ainda filmes afins, em relação a este último quesito: Nanuk, Louca Obsessão, Fargo, Tempestade de Gelo, Insônia. Dramas na neve, todos.

O livro contém verbetes de filmes de antologias como Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, inspirado em O Coração das Trevas, de Joseph Conrad; Barry Lyndon, de Stanley Kubrick, tirado de As Memórias de Barry Lyndon, de William Thackeray, ou Doutor Jivago, versão de David Lean para o longo romance de Boris Pasternak. Há também filmes (e livros) menos conhecidos, ao menos no Brasil, como Le Mystère de la Chambre Jaune, dirigido por Bruno Podalydès, de um romance homônimo de Gaston Leroux. Ou Os Fantasmas do Chapeleiro, obra menos evidente de Claude Chabrol, versão da novela de mesmo título de Georges Simenon. Mas, de modo geral, o livro contempla filmes mais conhecidos e acessíveis ao público em diversos suportes.

Algumas obras - em geral clássicas, mas nem sempre - prestaram-se a várias versões para o cinema. A comparação entre elas nos permite avaliar os problemas da adaptação de uma linguagem para outra. Por exemplo, o romance de Pierre Louÿs, La Femme et le Pantin, de 1898, deu origem a três filmes - Mulher Satânica (The Devil Is a Woman, EUA, 1935), de Josef Von Sternberg, La Femme et le Pantin (França, 1959), de Julien Duvivier, até se cristalizar numa das obras-primas de Luis Buñuel sob o título de Esse Obscuro Objeto do Desejo (França, 1977). A versão americana tinha John Dos Passos como roteirista. A francesa, Brigitte Bardot como a femme fatale que atormenta o personagem masculino mais velho. Mas foi Buñuel quem retratou de modo radical a dubiedade da mulher em relação a seu amante (Fernando Rey), fazendo-a ser interpretada por duas atrizes diferentes, Carole Bouquet e Angela Molina.

Outro clássico superadaptado é Madame Bovary, de Gustave Flaubert, publicado em 1857. A adúltera de província foi vivida por Valentine Tessier sob direção de Jean Renoir (França, 1934); Jennifer Jones com Vincente Minelli (EUA, 1950); e Isabelle Huppert, sob Claude Chabrol (França, 1991). Os três filmes adotam o título do romance, e quem não compreenderia isso, já que muitas vezes as versões para cinema buscam se valer do prestígio do livro? O autor do verbete, Philippe Leclercq, considera melhor a versão de Chabrol, mais “fiel”.

Minelli teve de usar luvas de pelica, pois o tema “adultério” ainda era considerado delicado na América dos anos 1950. Renoir foi prejudicado pela imposição de uma atriz de 42 anos e dona de estilo de interpretação teatral.


Há diretores que buscam a máxima fidelidade ao espírito do texto, outros que inventam, e outros, ainda, que se aproveitam das lacunas para criar livremente. É o caso de Federico Fellini com seu Satyricon. O texto latino conta as aventuras de dois malandros, Ascilto (Hiram Keller) e Encolpio (Martin Potter), em episódios justapostos, como numa novela picaresca. Ambos disputam o efebo Giton, participam do banquete de Trimalquião, são presos, mandados às galés e vendidos como escravos. Encolpio perde sua virilidade e a recupera pelo intermédio da feiticeira Enoteia, enquanto Ascilto morre em combate. Por fim, Encolpio parte rumo ao desconhecido e a narrativa se fecha (ou se abre?) com uma frase interrompida e uma ilha vislumbrada ao longe, ao som da música inventada por Nino Rota com temas africanos. Como se sabe, da narrativa de Petrônio, escrita entre 62-64 d.C., sobraram apenas fragmentos. O resto é invenção. Fellini resume esse fato fazendo com que os rostos dos personagens, cujas aventuras acompanhamos ao longo de 138 minutos, apareçam como afrescos de Pompeia em ruínas. É gênio ou não? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Novidades para 2015 na Turma da Mônica e na Abril


O Saraiva Conteúdo fez um exercício de imaginação na matéria Lançamentos Malucos para 2015, perguntando o que alguns quadrinistas queriam ver em 2015. Agora, chega a hora de saber o que as editoras realmente preparam até o final do ano para os leitores: o selo Graphic MSP, da Turma da Mônica, já tem datas previstas de lançamentos, enquanto a Abril anuncia datas e capas de especiais e de novos mangás, incluindoOperação Big Hero.

A Turma da Mônica já começa o ano com um especial em Magali: uma celebração de 500 edições, sendo 403 pelas editoras Abril/Globo e 97 pela Panini. A Mauricio de Sousa Produções (MSP) ainda promete mais: após o lançamento de Austronauta - Singularidade, no final de 2014, abrindo a nova safra de álbuns Graphic MSP, chega a vez de novos títulos com diferentes personagens da turma.

Louco, por Rogério Coelho, deve sair em maio. Penadinho, por Paulo Crumbim e Cris Eiko, está previsto para julho. Já para o segundo semestre, por volta de novembro, está planejado um de dois títulos: ou Turma da Mata, por Artur Fujita, Roger Cruz e Davi Calil, ou Papa-Capim, por Marcela Godoy e Renato Guedes. Antes disso, em setembro, deve vir o segundo volume de Turma da Mônica, de Vitor e Lu Cafaggi. Os títulos oficiais ainda não foram divulgados.

"Além disso, haverá uma coletânea com todas as HQs feitas pelo próprio Mauricio para as revistas Zaz Traz e Bidu; um outro livro compilando os 3 primeiros livros de Mauricio – publicados pela FTD em 1965 – e um outro projeto especial, que ainda é segredo", revela Sidney Gusman, gerente de Planejamento Editorial da MSP. É aguardar para conferir!

Na editora Abril, além dos já anunciados Era Uma Vez na América, A Saga do Tio Patinhas e Os 80 Anos do Pato Donald, todos para o primeiro trimestre, vêm aí mais mangás, após os sucesso de Kingdom Hearts. Agora em janeiro, além do mangá em dois volumes de Operação Big Hero (1º volume a partir de 16 de janeiro, para as regiões Sul e Sudeste), Princesa Kilala, em 5 volumes, começa a chegar (9 de janeiro para Sul e Sudeste).

Na mesma linha de Kingdom Hearts, misturando personagens clássicos com mangá, Kilala conta a história de uma garotinha que acaba indo parar no mundo das princesas da Disney e precisa, então, achar a 7ª princesa para combater o Mal. Estão previstos ainda, pela Abril, o álbum de figurinhas e a revista oficial de Operação Big Hero, além de vários outros títulos de mangá ainda não confirmados.


 Fonte: Saraiva (Por Marcelo Rafael)

sábado, 10 de janeiro de 2015

Editora Os Dez Melhores lançará coletivo em homenagem a Charles Bukowski

Por Max Moreno

“O Velho Safado” por autores brasileiros contemporâneos

O romancista, poeta e contista Henry Charles Bukowski Jr. será homenageado pela Editora Os Dez Melhores. A editora está preparando um coletivo, reunindo contos de dez os autores brasileiros, cujo objetivo (além de homenageá-lo, é claro) é retratar as temáticas utilizadas por Bukowski em seu estilo “obsceno” e coloquial. Temas como: prostituição, alcoolismo, corridas de cavalos, experiências escatológicas, foram amplamente explorados pelo autor em suas obras, o que sempre dividiu a crítica.

Dotado de um humor ferino, Bukowski é considerado o último escritor maldito da literatura norte-americana. Nascido na Alemanha, aos 3 anos de idade o autor se mudou com a família para os Estados Unidos. Aos 15 anos começou a escrever poesias, embora seu primeiro livro tenha sido publicado somente 20 anos mais tarde, em 1955.


O coletivo Big Buka (Editora Os Dez melhores) tem previsão de lançamento ainda neste ano de 2015. Os fãs (leitores) das obras do “velho safado” aguardam com ansiedade o lançamento desta justa homenagem a um dos maiores escritores de todos os tempos.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Fotógrafa prepara livro de fotos sobre carreira dos Mutantes


Os Mutantes foram um dos principais nomes do movimento Tropicalista, que agitou a música brasileira nos anos 70. Mesmo após mais de 40 anos, a banda continua a manter um grupo de fiéis seguidores e fãs.

Para alegria desses admiradores, diversos produtos sobre a banda são lançados até a atualidade. Recentemente, chegou à loja um Box com CDs da fase mais clássica do grupo. Chamada de Os Mutantes – Box com 7 CDs, a caixa reúne seis discos com a formação clássica dos mutantes, além de um disco reunindo raridades da banda.

Agora um novo produto pode chegar ao mercado em breve. A fotógrafa Leila Lisboa Sznelwar está preparando um livro visual com diversas fotos e imagens inéditas da banda, do período que vai de 1969 a 1973.

Leila, que foi namorada do baixista Liminha, acompanhou o trio formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias durante os anos mais efervescentes dos Mutantes.

O projeto de Leila está em processo de construção há alguns anos e tem a aprovação dos integrantes da banda, que ainda são amigos da fotógrafa. Infelizmente, Leila ainda não tem previsão de quando o livro chegará às lojas.


Fonte: Saraiva (Por Felipe Candido)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Histórias de musas da MPB são reveladas em livro da jornalista Rosane Queiroz


Uma verdade sobre a música é universal: as mulheres são grandes inspirações para canções. E quem de nós nunca quis conhecer as almas femininas que inspiraram artistas? Por exemplo, Lígia, aquela de olhos castanhos que metiam mais medo que um dia de sol, era professora primária e, na verdade, nunca andou com Tom Jobim pela praia até o Leblon. No máximo, aceitou uma carona em seu fusca azul.

E a espanhola, da famosa música de Guarabyra e Flávio Venturini? A canção foi inspirada em uma jovem que vendia ácido no trânsito, nos anos 70. E quando o músico Ivan Lins evoca Madalena, sua musa mais célebre, está na verdade se referindo a uma pessoa chamada Vera Regina.

Todas essas músicas e algumas outras têm agora as suas histórias desvendadas por Rosane Queiroz, jornalista apaixonada por música, que também se dedica ao piano e ao canto. Rosane se dedicou durante uma década investigando as histórias por trás das canções que têm como título um nome de mulher ou uma expressão que remeta à figura feminina. Desse trabalho nasceu 'Musas e músicas: a mulher por trás da canção'. O livro é o primeiro dedicado aos mistérios e as tramas que envolvem as amadas e amantes citadas no cancioneiro nacional.

No livro, estão as musas clássicas das paixões avassaladoras, dos corações partidos e dos romances proibidos que dominavam as composições do passado. Mas também tem espaço para as amadas contemporâneas, como a descolada Anna Júlia, do hit da banda Los Hermanos. De acordo com o livro, inclusive, a moça esclarece que o ar blasé com que a descrevem era, na verdade, apenas timidez.

Algumas histórias são surpreendentes, como por exemplo é o caso de 'Pérola Negra', de Luiz Melodia, escrita para a amada que relutava em abandonar o namorado oficial. E há ainda aquelas amparadas em momentos de pura fugacidade, como Dora, que Dorival Caymmi criou ao se encantar por uma passista de frevo, anônima, que avistou da janela de um hotel.


Segundo livro de Rosane, 'Musas e músicas' faz uma visita aos bastidores e aos diferentes estilos e períodos da música brasileira. O livro passeia pela boemia cheia de romantismo da bossa nova, a exuberância dos tropicalistas, o imaginário de excessos e misturas dos anos 80.

Fonte: iBahia

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Nicholas Sparks se separa da mulher


Nicholas Sparks, o escritor americano que fez carreira assinando romances açucarados (e trágicos) como Um Amor para Recordar e Diário de uma Paixão, acaba de perder aquela que chama de sua “musa inspiradora”. O autor confirmou o fim de seu casamento de 25 anos ao site da revista People nesta terça-feira.

“Cathy e eu nos separamos. Essa não é, claro, uma decisão que tomamos sem refletir. Nós continuamos a ser amigos próximos com profundo respeito um pelo outro e amor por nossos filhos. Pelo bem dos nossos filhos, nós consideramos isso um assunto privado”, afirmou em comunicado. Sparks e Cathy se casaram em 1989 e são pais de três meninos e duas meninas gêmeas.

Autor de dezessete romances – dos quais nove foram adaptados para o cinema –, Nicholas Sparks sempre falou de Cathy como sua musa. “Todos os meus romances têm elementos autobiográficos. Quase todos meus personagens femininos são baseados na minha esposa, por exemplo. Ela é inteligente, engraçada, leal, amável, forte, com um coração de ouro. Boa parcela dos meus personagens acaba sendo assim também”, afirmou o escritor ao site de VEJA em 2013

Fonte: Veja


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Os melhores livros de 2014


Na ficção, o ano teve bons lançamentos de autores brasileiros, como Evandro Affonso Ferreira e Elvira Vigna, o retorno do tcheco Milan Kundera e a primeira edição nacional de um clássico do russo Vassili Grossman. Veja os dez melhores livros de ficção do ano (e mais abaixo, os cinco melhores de não ficção):

‘De repente, uma batida na porta’, de Etgar Keret (Rocco): Um dos principais nomes da atual literatura israelense e destaque da Flip deste ano, o contista Etgar Keret teve um livro publicado no Brasil pela primeira vez, em tradução de Nancy Rozenchan. A inventividade e o humor nonsense do escritor brilham em 38 histórias, como a que imagina uma terra habitada pelas mentiras que os homens contam ou a que narra o destino insólito de um homem que, segundos antes de morrer, pede a um anjo a paz mundial.

‘A festa da insignificância’, de Milan Kundera (Companhia das Letras): Depois de mais de 10 anos sem publicar, o tcheco Milan Kundera voltou à ficção com um romance sobre quatro velhos amigos parisienses em busca de um sentido para suas vidas. Traduzido por Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca, o novo livro do autor de “A insustentável leveza do ser” retrata a insignificância como “a essência da existência”. E não deixa de falar de política, com alusões frequentes a Stalin e à história recente da Europa.

‘Graça infinita’, de David Foster Wallace (Companhia das Letras): Brasil em tradução de Caetano W. Galindo quase 20 anos depois de lançado nos EUA, é uma das mais ambiciosas obras de ficção das últimas décadas, tanto pela extensão (mais de 1.100 páginas) quanto pela complexidade. É também uma reflexão comovente sobre o vício, o individualismo e a obsessão pelo entretenimento, com uma prosa extravagante e bem-humorada.

‘Os luminares’, de Eleanor Catton (Biblioteca Azul): Por este livro de 888 páginas, a neozelandesa, presente na Flip deste ano, tornou-se a mais jovem ganhadora do Booker Prize, em 2013, aos 28 anos. Ambientado na Nova Zelândia do século XIX, em meio à corrida do ouro no país, o romance de tintas vitorianas, traduzido por Fabio Bonillo, tem uma arquitetura complexa inspirada pela astrologia: são 12 capítulos precedidos por mapas astrais que refletem o curso das vidas de seus 12 protagonistas.

‘Paradiso’, de José Lezama Lima (Edições da Estação Liberdade e da Martins Fontes): Depois de uma disputa judicial pelos direitos de publicação no país, a obra-prima do cubano Lezama Lima ganhou duas traduções no Brasil: uma pela Estação Liberdade, a cargo de Josely Vianna Baptista, e outra pela editora Martins Fontes, de Olga Savary. Lançado em 1966, o romance acompanha os anos de formação do poeta Cemí, descritos com uma uma linguagem radical que fez dele um clássico do século XX.

Fonte: O Globo (matéria completa aqui)


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Três lançamentos encerram reedição da obra completa de Rubem Fonseca


O escritor e roteirista Rubem Fonseca acaba de ter toda a sua obra literária reeditada pela Nova Fronteira. Com os recentes lançamentos de O Buraco na Parede, A Confraria dos Espadas e O Romance Morreu, a editora encerra a reedição da obra completa do autor.

As novas edições trazem posfácio assinado por Sergio Augusto, curador da coleção do autor, e textos de crítica publicados em diferentes veículos de imprensa.

Este ano, Rubem Fonseca venceu o Prêmio Jabuti 2014 na categoria Contos e Crônicas com o livro Amálgama.

Fonte: Saraiva