domingo, 25 de agosto de 2013

O homem que forjou um Best-seller


Em 1969, ainda como executivo da Paramount, o veterano produtor de Hollywood Bob Rehme estava encarregado de promover o filme “Bravura indômita” (True grit) – o primeiro, que valeu o Oscar a John Wayne.


Ocorre que a Paramount havia comprado os direitos do livro homônimo, de autoria de Charles Portis antes mesmo de sua publicação. Apostava num sucesso de vendas, sobre o qual erguera toda a estratégia comercial do filme: “baseado no best-seller” era uma frase fundamental nos cartazes. Mas, embora o livro tivesse colhido boas resenhas, o aguardado sucesso se recusava a vir. E agora?

Fácil: aproveitando-se do fato significativo de que uma pequena fração da verba promocional à sua disposição era suficiente para comprar milhares de exemplares de qualquer livro do mundo, o indômito Bob Rehme mandou fazer exatamente isso. Não sem antes, competente, levantar a relação das livrarias que o “New York Times” monitorava para apurar sua prestigiosa lista de mais vendidos. O resto é história.


Nunca um lugar no alto do rol de best-sellers foi tão garantido. O que é um golpe de marketing e tanto, mas, pensando bem, de uma simplicidade tão desconcertante que admira não ter sido empregado muitas outras vezes – inclusive no Brasil, onde o preço do ingresso nesse Olimpo é bem mais baixo.

Mas, pensando um pouco mais, quem disse que não foi?



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